terça-feira, 9 de dezembro de 2014

ARTIGO - Oração e Palavra


  Na Bíblia encontramos pelo menos dois períodos onde notadamente o Senhor deixou de falar ao Seu povo, o primeiro ocorreu no chamado período inter bíblico, onde o Senhor não enviou nenhum profeta pelo espaço de quatrocentos anos desde Malaquias até João Batista e o outro ocorre por um período de dez dias, da ascensão de Cristo ao céu até a descida do Espírito Santo. Nesses dois períodos observamos os fieis que não se apartaram da fé. No primeiro foi a nação inteira que se manteve fiel contra a idolatria nos quatrocentos anos sem profeta enviado e no segundo tivemos cento e vinte que ficaram unidos até a descida do Espírito Santo Atos 1.15, A questão que proponho aqui é: o que manteve esse povo fiel e unido sem a manifestação da presença de Deus em seu meio?
  
  Vejamos primeiramente os quatrocentos inter bíblicos. Aquele período iniciou logo depois da volta do cativeiro babilônico, onde o povo retorna a suas atividades e reconstroem o Templo e o muro, porém algo foi modificado para sempre na nação, Neemias e Esdras introduziram o ensinamento das Escrituras Neemias 8.1-8 a partir do evento mencionado nessa referência o sacerdote Esdras inicia a edificação das sinagogas, que eram escolas para o ensinamento das Escrituras, eles fizeram isso por entenderem que o motivo pelo qual foram para o cativeiro não foi a idolatria em si, mas a falta de conhecimento do Senhor Oséias 4.6. Dessa forma o conhecimento fez com que o povo ficasse fiel a Deus por todo longo período chamado inter bíblico.
  
  Já nos dez dias que antecederam o Pentecostes encontramos cento e vinte fieis. Como eles conseguiram ficar unidos em fidelidade uma vez que mais de quinhentos irmãos testemunharam a ressurreição do Mestre? 1 Coríntios 15.6 Havia uma prática comum naquele tempo que está registrada aqui:
    "Todos estes perseveravam unânimes em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos" Atos 1:14
  
  Jesus mandou que eles permanecessem em Jerusalém até o revestimento de poder Atos 1.4 e assim eles fizeram, mas ficaram em oração. Aqui está a resposta para explicar como eles conseguiram resistir fieis nos dez dias sem a manifestação do poder de Deus.
  Encontramos assim dois elementos que unem o povo de Deus: o ensinamento da Palavra e a prática constante da oração em grupo. Toda igreja que quiser crentes fieis e fortalecidos espiritualmente deve incentivar a prática desses dois elementos básicos.  

Marcos André - Evangelista

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

EVENTO


Estaremos realizando se Deus assim permitir, no dia 14 de dezembro de 2014 às 9:00h, a 6ª Conferência Biblica em comemoração ao Dia da Bíblia, na Assembleia de Deus Ministério Meritiense em São João de Meriti-RJ, o tema será "A Bíblia e a Família"

A Assembleia de Deus Ministério Meritiense fica na rua Maurício Lacerda nº 161, Jardim Meriti, São João de Meriti-RJ. (Próximo a Garagem da Flores) informações: Tel 992791366

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

QUERO AGRADECER AOS IRMÃOS QUE TEM COLABORADO FINANCEIRAMENTE COM ESSA OBRA DE ENSINO DA PALAVRA DE DEUS.
A AJUDA DE VOCÊS POSSIBILITARÁ O CLUBE DA TEOLOGIA ADQUIRIR MATERIAIS DIDÁTICOS QUE ANTES NÃO SERIAM POSSÍVEIS.

PAZ SEJA CONVOSCO!

MARCOS ANDRÉ - EDITOR

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

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Marcos André da Silva Pereira
Pastor, Militar, Teólogo, Professor e Superintendente da EBD
Bacharel em teologia pelo IBADERJ, convalidado pela FAECAD

Professor de Seminário Médio em Teologia do Seminário Teológico Batista Independente
Casado com a Missionária Eliana da Silva Pereira
Pai de quatro filhos: Thais, Licks, Adriana e Talita
Congrega atualmente na igreja Assembleia de Deus Ministério de Agostinho Porto em São João de Meriti-RJ
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domingo, 9 de novembro de 2014

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Deus se Arrepende?




Considere esse impressionante versículo.

"Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração."
Gênesis 6:6

 Esse versículo é um dos mais controversos de toda a Bíblia, por afirmar expressamente que "Deus se arrependeu", por ser essa uma afirmação que entra em choque com uma outra vejamos:

"Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?" Números 23:19

Os dois versículos parecem estar em flagrante contradição e a única saída para os estudiosos seria buscar no hebraico a raiz da palavra "arrepender-se" usada nessas passagens. Esperava-se que fossem palavras diferentes com a mesma tradução, porém chegou-se a conclusão que desconcertou muitos eruditos, pois é a mesma palavra "nãham", segundo a Bíblia de Estudo Palavra Chave - CPAD - Pág 1794, que significa "suspirar com força" e se interpreta de várias formas como lamentar-se, pesar-se, entristecer-se.

Olhando cruamente parece que há sim uma contradição, porém ao analisarmos a palavra raiz no hebraico, notamos que ela detém vários significados e que no português a palavra "arrepender-se" tem um único significado que é o de "lamentar-se por haver feito algo" dessa forma entendemos que no original em hebraico admite-se dois significados para as afirmações.

No primeiro está dizendo que Deus se lamentou ou se enfureceu por ter feito o homem e por isso estava decidido a modificar a situação da raça humana, purificando aquela geração pelo dilúvio e poupando uma família para dar continuidade à raça humana. No segundo está sendo feito a afirmação de que o Senhor não é como o homem que se arrepende ou que mente ao fazer uma afirmação ou promessa e não cumprir.

É bom entender que a forma de se transmitir as ações de Deus ao homem é com uma linguagem que o homem entenda, para afirmar que o Senhor se enfureceu pela existência do homem se usou o o termo "nãham" que foi traduzido para "arrependeu-se". 

CONCLUSÃO
Não há contradição, somente diferença na exegese entre o que o autor quis dizer em cada passagem. Diferença essa que o tradutor não pôde transmiti para manter fidelidade ao texto original.

Pr Marcos André

Assista ao vídeo explicativo: Clique aqui.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 5 - Revista da Editora Betel


MEFIBOSETE E O MILAGRE DA RESTITUIÇÃO DA HONRA
2 DE NOVEMBRO DE 2014

 TEXTO ÁUREO
“E Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado de ambos os pés; era da idade de cinco anos quando as novas de Saul e Jônatas vieram a Jisreel; e sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo; e o seu nome era Mefibosete”. 2 Sm 4.4

VERDADE APLICADA
A Graça Divina não mira nossos defeitos nem tampouco nossas impossibilidades, ela não pede nenhum outro esforço que não seja a fé para que a aceitemos em nossas vidas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
2 Sm 9.6; 2 Sm 9.10-12

INTRODUÇÃO
A história de Mefibosete traz um misto de fracasso e de sucesso. Ele era o filho de Jonatas, o amigo de Davi. Jonatas era um homem sábio, que viu em Davi a unção de rei, sabia que seu próprio pai estava reprovado por suas ações e vida de desonra a Deus, e mesmo sendo o sucessor ao trono, renunciou porque via em seu amigo o homem escolhido para liderar os exércitos e a nação de Israel (1Sm 18.3-4).

1. Mefibosete, o filho de Jonatas
Antes da morte de Saul, Jonatas e Davi firmaram um pacto entre famílias. Jonatas o protegia das loucuras de seu pai Saul e se um dia ainda vivesse, Davi tornando-se rei cuidaria dele e de seus descendentes (1Sm 20.13-17).

1.1 Um trágico acidente
Para a tristeza de Daví, Jonatas e Saul morrem no mesmo dia, e Davi se tornou o rei de Israel. Era comum que um novo rei exterminasse a todos os familiares do antecessor para que não houvesse uma insurreição. Assim, quando a notícia da morte de Jonatas e Saul se espalhou, a desgraça veio a casa de Jonatas e seu filho Mefibosete de cinco anos de idade, além de perder seu pai e o futuro trono de Israel, ficou coxo de ambos os pés, porque no afã de salvá-lo da morte a ama que dele cuidava o derrubou (2Sm 4.4).

1.2 Mefibosete, o príncipe que vivia em Lo-Debar
Após a ascensão de Davi ao trono de Israel não se houve mais falar em Mefibosete, ele é levado para Lo-Debar e lá vive exilado e totalmente esquecido por todos, inclusive Davi. “Lo-Debar” significa: “sem pasto” um lugar deserto e árido, e “Mefibosete” significa: “semeador de vergonha”. Em Lo-Debar, Mefibosete viveu sem fé, sem esperança e sem Deus. Além de tudo isso, a pessoa que foi encarregada de cuidar dele usurpou todos os bens que possuía (2Sm 9.2-3). No deserto, com medo da morte, andando com dificuldades, e totalmente aquém da sociedade, Mefibosete não possuía qualquer perspectiva de mudança em sua vida, nem mesmo sabia da aliança entre Davi e seu falecido pai (2Sm 9.3-4,7).

1.3 Toda promessa tem um tempo para se cumprir
O tempo passou e Mefibosete cresceu no deserto de Lo-Debar longe de tudo que lhe era de direito. Até que o tempo de Deus chegou e Davi se lembrou da aliança que havia feito com Jônatas. Observe as palavras de Davi. Ele usa o mesmo termo para graça e honra. “Benevolência”. E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da benevolência de Deus? (2Sm 9.3). E Ziba responde: “Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés”. Enquanto Davi intenciona honrar Mefibosete, o mal intencionado Ziba, que havia se apossado das terras do príncipe aponta seus defeitos. Ziba conhecia a generosidade do rei e mostrou o defeito para impedir o rei de abençoá-lo (Pv 3.16; 18.12). Isso nos recorda muitas situações do cotidiano não é mesmo?

2. Do deserto à mesa do rei
Existem pessoas que são mal intencionadas. Ziba não nega a existência, mas faz questão de apresentar o defeito, ele sabia que uma pessoa deficiente não poderia entrar no palácio, só não sabia que aquele estava marcado com o selo real e com o pacto da promessa. Na verdade, não importava o que Ziba via, mas o que o rei estava vendo.

2.1 Quando a surpresa bate à porta
Quando os guardas bateram à porta de Mefibosete em Lo-Debar, deve ter sido para ele como o dia do juízo, pois sabia que sua vida estava em risco, e como não podia correr deve ter pensado: “agora chegou meu fim”. Mas o que para ele parecia o fim, para Deus era o começo de uma nova história. Ninguém pode impedir nossa honra quando chega o tempo do Rei nos honrar. Ele sabe nosso endereço, e quando bate a nossa porta não é para nos punir, mas sempre manifestar sua graça e misericórdia. Naquele dia Mefibosete entrou na carruagem real para dar adeus ao lugar de anonimato. Deus não se esquece da aliança eterna feita com o filho ao nosso respeito (Lc 22.20).

2.2 Quando a visão do rei prevalece
Mefibosete era conhecido pelo nome de Meribe-Baal (1Cr 8.34); 9.40). “Merbe” significa: “lutador” e “Baal” é uma palavra em hebraico que significa: senhor, lorde, marido ou dono. A visão que Jonatas tinha para o futuro de seu filho era que como um príncipe dele se tornasse um “lutador do Senhor”, esta seria a tradução mais correta para Meribe-Baal. Era comum entre os Israelitas dar um nome que representasse o caráter da pessoa, alguns desses nomes eram também colocados após a morte, representando seus feitos. Podemos destacar aqui quatro visões importantes sobre a vida de Mefibosete:
1) Jonatas o via como um lutador do Senhor;
2) Ziba o via como um aleijado impedido de entrar na presença do rei;
3) Ele se via como um cão morto;
4) Davi o via como um príncipe a quem deveria honrar e restituir (2Sm 9.3,7,8).


2.3 Os humilhados serão exaltados

“Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, sempre comerá pão à minha mesa” (2Sm 9.10a). Ziba que tanto apontou defeito, agora foi destituído da função de senhor, tornando-se servo de Mefibosete, a quem havia lesado todos os anos em que viveu em Lo-Debar. A justiça de Deus pode parecer demorar, mas certamente chegará. Ziba é um tipo de Satanás, que rouba, nos envergonha, e se apossa do que temos. Porém, no dia em que Deus nos honrar, ele terá que devolver tudo o que nos roubou, com juros e correções, e ainda nos verá sentados à mesa do rei (2Sm 9.9-11).

3. Jerusalém o lugar dos príncipes de Deus
A vida de Mefibosete vai de um extremo ao outro, ele começa no deserto, na sequidão, e no anonimato, e termina no palácio real assentado à mesa do rei. A graça Divina é assim, ela tem o poder de nos transportar e nos elevar de uma posição a outra (Ef 2.6).

3.1 Quem Mefibosete tipifica em nossos dias?
Mefibosete era um príncipe que vivia no deserto. Num lugar obscuro, com medo e sem nada. Ele tipifica os filhos que o rei está à procura pra honrar e mudar suas vidas; aqueles filhos de rei que nunca entraram no palácio, que vivem à margem da sociedade e não desfrutam da mesa de seu rei (Lc 18.14). Deus está falando de um tempo de revelações, de sair do anonimato, e de um alimento especial e particular que só existe em sua mesa; Mefibosete representa os filhos que nunca estiveram face a face com o rei. Deus está falando de um tempo de intimidade com Ele, de uma mesa onde todos são iguais; Mefibosete representa os filhos de rei que nunca comeram pão diariamente. Alguns provaram aqui ou ali, mas diariamente não. Deus fala de um tempo de revelação continua, sem escassez, todos os dias, na presença dor rei (2Cor 4.3).

3.2 Na mesa do rei todos são iguais
Quando as trombetas do palácio anunciavam à chegada de Mefibosete toda a casa do rei poderia se perguntar por que o rei quebrava o protocolo e deixava um deficiente como aquele não somente entrar, mas sentar-se à mesa e comer como um de seus filhos (2Sm 9.13). Poucas pessoas sabem o que Deus conversa conosco em secreto, e poucos sabiam a respeito da aliança de Davi e Jonatas, a qual simbolizava aliança de Deus conosco por intermédio de Jesus. Os filhos belos de Davi, Joabe o capitão da guarda, estavam juntos a mesa. E a mesa é reveladora porque da cintura para cima todos são diferentes, mas quando estão sentados todos são iguais, os defeitos desaparecem (Rm 2.11; Gl 3.28; Cl 3.11).

3.3 Ele começou em Lo-Debar, terminou em Jerusalém
Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém... (2Sm 9.13). Esse é o final que o Senhor deseja dar a todos aqueles que estão aliançados com Ele. De uma só vez, a vida de Mefibosete mudou de anonimato a personagem célebre, e isto se chama honra. Jerusalém tipifica a eternidade, e Lo-Debar o lugar das nossas provações. Porém, numa hora que ninguém espera, num dia especial que somente o Rei conhece, a carruagem real vai passar como passou nos tempos de Elias, e levará consigo os simples de coração, os habitantes do deserto, os que Ziba tem lesado durante toda a vida, para encontrar-se com o Rei e por Ele serem honrados em sua mesa (Lc22.14-17).

CONCLUSÃO
Mefibosete era um filho de rei que vivia num lugar obscuro, com medo e sem nada. É tempo dos filhos do Rei saírem do deserto do anonimato, serem honrados, e terem suas vidas transformadas. Até mesmo a criação espera por esse momento em nossas vidas (Rm 8.19).